Quem está mergulhado no universo do comércio eletrônico, certamente já se deparou com a ideia de dropshipping pelo menos uma vez. Ao redor do mundo este modelo de negócio é uma realidade mais consolidada e aqui no Brasil tem ganhado cada vez mais adeptos.
Segundo o Ecommerce Platforms, site que compara plataformas de loja virtual, 27% dos varejistas on-line já adotaram o dropshipping no Brasil. Em resumo, trata-se de vender produtos pela internet sem ter estoque próprio.
O dropshipping é comumente escolhido por pequenos e médios empreendedores que estão ingressando nesse mercado. Tanto do ponto de vista logístico quanto financeiro, tende a ser uma opção vantajosa. Neste texto, explicaremos o que é e como funciona esse modelo de gestão e logística.
O que é dropshipping?
O termo dropshipping vem das palavras inglesas “drop”, que significa “largar”, e “shipping”, que quer dizer “remessa”. Trata-se de um modelo de negócio no qual o lojista não mantém um estoque próprio dos produtos que vende. Em vez disso, ele trabalha como intermediário entre o cliente e o fornecedor.
Quando um cliente faz um pedido na loja virtual, o lojista repassa essa encomenda para o fornecedor, que se encarrega de enviar o produto diretamente ao cliente final. Assim, não é preciso preocupar-se com a armazenagem e gerenciamento de estoque.
Uma das principais vantagens do dropshipping é a redução dos custos iniciais. Sem a necessidade de comprar e armazenar grandes quantidades de produtos. O empreendedor pode iniciar seu negócio com um capital muito menor do que o necessário para um comércio tradicional.
Como o lojista só paga pelo produto após a venda ser realizada, os riscos financeiros são significativamente menores. Isso também permite maior flexibilidade na escolha do mix de produtos, já que é possível testar diferentes itens sem comprometer o capital em estoque.
Precisamos falar que o dropshipping facilita a expansão do negócio. Como a logística de envio é terceirizada, o crescimento da operação não exige um aumento proporcional na estrutura física ou no pessoal da empresa.
Além disso, com o dropshipping, o empreendedor pode operar de qualquer lugar do mundo, com acesso à internet. Isso oferece uma liberdade única para gerenciar o negócio remotamente.
No dropshipping, você, como lojista, estabelece uma parceria com um fornecedor que se encarrega de produzir ou adquirir, embalar e enviar os produtos diretamente aos clientes. Seu papel é focar na venda dos produtos, seja por meio da sua própria loja virtual ou em plataformas de marketplace. Em troca, você recebe uma comissão por cada venda realizada.
Funcionamento e personagens envolvidos no dropshipping
Para compreender o funcionamento completo do dropshipping, é fundamental conhecer os três principais personagens envolvidos: fabricantes, atacadistas e lojistas.
Como o nome sugere, os fabricantes são responsáveis por transformar a matéria-prima em produtos prontos para consumo. Normalmente, essas empresas negociam apenas com atacadistas e varejistas, ou seja, não vendem diretamente ao consumidor final.
Os atacadistas compram grandes quantidades dos fabricantes e revendem esses produtos com um markup menor. Usualmente, eles comercializam diretamente para lojistas do varejo, mas também podem fazer negócios com consumidores finais.
Tanto os atacadistas quanto os fabricantes exigem geralmente a compra de um número mínimo de itens, por isso, costumam vender apenas para varejistas, o que nos leva ao próximo personagem.
Os lojistas são os proprietários de negócios que lidam diretamente com o cliente final, ou seja, os consumidores do dia a dia que geralmente compram apenas algumas unidades de um item.
No modelo de dropshipping, são a principal ponte entre os consumidores e os fabricantes ou atacadistas. O cliente realiza a compra exclusivamente com a loja virtual , que então repassa as encomendas para uma empresa terceirizada responsável pela entrega do produto diretamente ao cliente.
Diferenças entre dropshipping, e-commerce e marketplace
Sim, é muito provável que tenha chegado até aqui se perguntando se dropshipping, e-commerce e marketplace são o mesmo ou pelo menos seguem a mesma trajetória. Embora seja bastante comum existir uma certa confusão entre os três negócios on-line, é preciso ressaltar que eles possuem características bem diferentes.
Vamos a elas:
Dropshipping: lembre-se que é uma modalidade de negócio na qual o lojista não mantém estoque próprio. Essa é a principal característica, ou seja, as empresas que optam por esse modelo atuam como como intermediário entre o cliente e o fornecedor. O seu foco está exclusivamente nas vendas e no atendimento ao cliente, sem a necessidade de gerenciar estoque ou logística de envio.
E-commerce: refere-se a qualquer tipo de negócio que vende produtos ou serviços pela internet. Nesse modelo, o lojista é responsável por todas as etapas da cadeia de suprimentos, desde a compra e armazenamento dos produtos até o envio ao cliente final. O e-commerce tradicional exige um maior investimento inicial, pois o lojista precisa adquirir estoque e gerenciar a logística, mas oferece um maior controle sobre a experiência do cliente e as margens de lucro.
Marketplace: nesse caso estamos falando de uma plataforma on-line na qual diversos vendedores independentes podem listar e vender seus produtos. Exemplos conhecidos de marketplaces incluem Amazon, eBay e Mercado Livre. O operador do marketplace fornece a infraestrutura e o público-alvo, enquanto os vendedores cuidam de suas próprias operações, incluindo estoque e logística.
Os marketplaces geralmente cobram uma comissão sobre cada venda realizada. Este modelo oferece aos vendedores acesso a uma ampla base de clientes, mas também envolve competição direta com outros vendedores na mesma plataforma.
Quatro erros comuns para se evitar ao adotar o dropshipping
Como dissemos no início, adotar o modelo de dropshipping pode ser uma excelente estratégia para pequenos e médios empreendedores que desejam entrar no mercado do comércio eletrônico sem a necessidade de grandes investimentos iniciais em estoque.
No entanto, como qualquer outra modalidade de negócio, o dropshipping apresenta desafios e gargalos que podem impactar negativamente a operação se não forem cuidadosamente evitados.
A seguir, conheça os quatro erros mais comuns cometidos por lojistas ao adotar o dropshipping. Evite-os e garanta assim uma gestão mais eficiente e o sucesso do seu negócio.
- Escolha de fornecedores
Priorizar preços baixos sem verificar a qualidade do atendimento do fornecedor é um erro comum que pode causar muitos prejuízos.
Formar uma parceria com custos reduzidos pode não ser o ideal se os itens forem enviados fora do prazo ou se não houver controle adequado de inventário.
Para o cliente, quem está à frente é você. Mesmo que o problema seja da empresa terceirizada, isso é inviável aos olhos dele. Ou seja, a imagem da sua marca será prejudicada, e você perderá credibilidade. Portanto, escolha um fornecedor confiável e evite depender de apenas um, para estar preparado para qualquer imprevisto.
- Ter muitos produtos e de diferentes nichos
A ausência da necessidade de gerenciar estoque pode levar à tentação de criar uma loja com uma variedade enorme de produtos, abrangendo diversos nichos o. Contudo, essa tática pode dificultar que sua empresa se destaque.
Ser visto como referência em uma área específica ajuda a conquistar e fidelizar um público-alvo, enquanto uma loja generalizada enfrenta uma concorrência muito maior.
Pergunte-se sempre como se diferenciar e por que um cliente escolheria sua loja em vez de outras. Focar em um nicho específico permite oferecer as melhores soluções para seus clientes.
- Cálculo de frete
O preço do frete é um dos fatores determinantes para compras on-line; por isso, é fundamental garantir que o valor cobrado ao consumidor final seja competitivo.
Antes de fechar uma parceria com um fornecedor, analise todos os produtos que você planeja vender, especificando o peso e se serão importados.
Tanto o peso quanto a origem do produto podem encarecer o frete — o primeiro devido à embalagem e logística, e o segundo devido às taxas de entrega internacional.
Converse com seus possíveis parceiros para entender seus procedimentos e busque sempre melhorar a competitividade do seu frete, calculando corretamente o valor sem que haja prejuízo para a empresa ou desmotivação do cliente.
- Falhas na comunicação
Embora o envio não seja sua responsabilidade direta, essa parte não deve ser negligenciada na comunicação.
É indispensável disponibilizar um canal de fácil acesso para o cliente entrar em contato, seja por e-mail, telefone, formulário, chat ou até mesmo um número de WhatsApp corporativo.
Os consumidores precisam ter um meio confiável para tirar dúvidas ou resolver problemas referentes às compras.
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