Que o comércio eletrônico está em ascensão contínua não é mais novidade para ninguém. Cada vez mais a praticidade de comprar de tudo, de onde estiver e a qualquer momento se converte em consumidores, que por sua vez, são cada vez mais exigentes, exigindo dos e-commerce e marketplace inúmeras estratégias para atendê-los com excelência.
É normal e compreensível que as lojas se especializem em um tipo de produto, em um nicho de mercado. Aqui mesmo, nós já falamos de marketplaces de nicho e como se destacar em alguns segmentos, por exemplo. Mas no geral, você já parou para pensar quem são os consumidores on-line e o que eles estão comprando?
Recentemente um estudo realizado pela Brain Inteligência Estratégica, atestou que os consumidores brasileiros estão cada vez mais interessados em adquirir produtos por meio de e-commerce e marketplace, o que também se reflete entre os entusiastas do esporte: 35% preferem realizar compras de itens esportivos em lojas virtuais, enquanto 32% preferem as lojas físicas.
Diante disso, preparamos esse artigo para te ajudar a compreender melhor o público que está comprando on-line, que uma hora ou outra, vai esbarrar no seu negócio. É importante estar preparado, não é mesmo?
Além disso, conforme destacado pela pesquisa, quem compra artigos esportivos prefere comprar on-line. E já que o assunto é esporte, em julho ocorrem as Olimpíadas de Paris, uma oportunidade e tanto para fisgar esses clientes, não acha?
Geração Z lidera ranking dos que mais compram on-line
O levantamento da Brain Inteligência Estratégica destaca que a geração Z, pessoas nascidas entre 1990 até 2010, é a que mais compra nas plataformas digitais, representando 45% do total. A nível de curiosidade, os indivíduos nascidos entre 1965 até 1980, a geração X, são os que mais adquirem em shoppings, ou seja, no varejo físico (39%).
Importante reforçar que já foi confirmado que a preferência da geração Z é pelos métodos de pagamento digitais, e ela tende a desconfiar das instituições financeiras tradicionais, buscando soluções alternativas como BNPL (Buy Now Pay Later), criptomoedas, entre outras.
Se você deseja atrair e conquistar a geração Z em seu e-commerce, é fundamental oferecer uma experiência de compra que seja não apenas satisfatória, mas memorável. Isso inclui um design de site intuitivo e atraente, personalização, um serviço ao cliente eficiente e políticas de devolução e troca flexíveis.
Além disso, a transparência nas informações e uma comunicação autêntica são indispensáveis para esse público.
Estratégias para encantar e conquistar a geração Z em seu e-commerce
É imprescindível que as lojas on-line invistam em tecnologias inovadoras, como realidade aumentada, inteligência artificial e chatbots. Não esqueça, também, que o seu site seja otimizado para dispositivos móveis, já que a geração Z utiliza principalmente smartphones e tablets para acessar a internet.
O mobile commerce, ou apenas m-commerce, está se tornando cada vez mais popular à medida que os consumidores optam progressivamente por realizar suas compras por meio desses aparelhos.
Essa modalidade é geralmente disponibilizada aos clientes por meio de marketplaces, sites otimizados para telas menores e aplicativos desenvolvidos pelas próprias empresas, entre outras ferramentas.
Oferecer condições favoráveis para os clientes poderem realizar todo o processo de compra por meio de seus dispositivos móveis, sem a necessidade de um computador, torna-se uma estratégia essencial para impulsionar a competitividade das empresas.
Outro ponto essencial para conquistar essa turma é a promoção da diversidade e inclusão. Isso significa oferecer uma variedade de produtos que atendam a diferentes públicos, criar campanhas de marketing que representem a diversidade da geração Z e garantir que a equipe seja inclusiva e representativa da sociedade.
Em se tratando de geração Z, para melhorar a produtividade e as vendas no seu e-commerce, esteja sempre à frente das tendências e implemente novas tecnologias e estratégias, como:
- Conheça e compreenda as necessidades da geração Z;
- Utilize inteligência artificial e machine learning para segmentar o público e aumentar as vendas;
- Integre marketing e vendas no desenvolvimento de experiências omnichannel para o seu público;
- Aplique tecnologia em todo o processo logístico, desde a venda até a entrega do produto, para garantir a melhor experiência de compra on-line.
A geração Z está acostumada com resultados rápidos e prazos de envio longos podem levar ao abandono do carrinho de compras. Para satisfazer esse perfil de consumidor, lembre-se de oferecer opções de entrega expressa com código de rastreamento, permitindo que o cliente acompanhe o processo de transporte.
Artigos esportivos estão no topo dos itens mais comprados via comércio eletrônico
Voltando ao estudo da Brain Inteligência Estratégica, quando se trata de gastos, a média dos entrevistados com vestuário e calçados esportivos é equivalente, atingindo R$ 151, sendo a geração X a que mais investe nesses itens, com custo mensal de R$ 203. A região sul do País apresenta a maior média, com R$ 185. A natação é o esporte com mais gastos (R$ 364).
Os entrevistados (25%) alegam que a frequência de compra é de ao menos um item esportivo por mês. Os principais fatores que influenciam na decisão final são a qualidade do produto (65%) e o preço (62%).
Pensando nisso, esse ano teremos uma nova edição dos Jogos Olímpicos e você já parou para pensar que pode faturar surfando, literalmente, nessa onda?
As Olimpíadas de Tóquio 2020/2021 já evidenciaram essa tendência e os lojistas do segmento esportivo não puderam reclamar.
Na estreia do skate na competição, por exemplo, a conquista das medalhas de prata por Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros elevou a procura e a venda do artigo em 70%. Embora o item mais vendido tenha sido o skate propriamente, deu para explorar toda uma gama de acessórios necessários, como tênis, camisetas e bonés.
O mercado do surf também foi bastante impulsionado pelas últimas Olimpíadas. O boom veio com a medalha de ouro do surfista Ítalo Ferreira, elevando a comercialização de pranchas. Algumas pesquisas indicam que as vendas cresceram mais de 40% em relação ao ano anterior.
Outros artigos esportivos que podem ser explorados no comércio eletrônico são:
- Bolas (de vôlei, de futebol, de basquete, de tênis…)
- Uniformes
- Raquetes para tênis de mesa
- Redes
- Acessórios de segurança
Para além do período olímpico, não podemos esquecer que estamos vivendo em meio a uma geração cada vez mais preocupada com o corpo e o bem-estar. Essa também é uma janela de oportunidade que pode ser explorada por você em seu negócio. Cordas, halteres, anilhas, colchonetes, elásticos, tapetes de ioga, demais itens do portfólio também costumam fazer bastante sucesso. Pense nisso!
Use e abuse de marketplaces
Por fim, mas não menos importante, além de focar no seu próprio site, você deve explorar a possibilidade de vender em marketplaces populares. Esses canais oferecem uma ampla exposição para seus produtos, atingindo um número maior de clientes em potencial. Eles são frequentemente considerados como vias rápidas para e-commerce que buscam um crescimento acelerado.
Sua principal vantagem reside na estrutura consolidada, permitindo que os vendedores aproveitem um ambiente já estabelecido, reduzindo as preocupações com detalhes cruciais, como a implementação de sistemas, codificação, funcionalidades, segurança, integração com métodos de pagamento e desenvolvimento de métodos de entrega. Isso proporciona uma oportunidade para concentrar esforços nas estratégias de marketing e vendas.
Lembre-se que ingressar em um marketplace implica em investimentos menores de tempo e dinheiro, dispensando uma série de ações necessárias quando se opta pelo desenvolvimento de um e-commerce próprio. Isso se deve ao fato de que o marketplace oferece uma estrutura comum para todos os vendedores, inclusive em questões logísticas.
A presença em um marketplace também garante visibilidade. Muitas marcas se beneficiam ao serem listadas em uma plataforma que, devido ao seu tamanho, naturalmente atrai um grande público. Essa é uma oportunidade para alcançar novos públicos e impulsionar as vendas, sem necessariamente construir uma audiência do zero.
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