Por um lado, a tecnologia é a grande responsável pela existência e pelo sucesso dos e-commerces. Por outro, justamente ela também pode ser um grande obstáculo, especialmente em momentos de alta demanda.
Se você trabalha com comércio eletrônico, esse é mais um fator a se atentar. Hoje, vamos falar sobre o freezing na tecnologia dos e-commerces. Acompanhe!
A tecnologia e os impactos nas vendas
Sabemos que o e-commerce, independente do segmento, é marcado pela sazonalidade. Isto é, existem épocas e datas específicas do ano em que a demanda aumenta de forma muito significativa.
A Black Friday e a Cyber Monday, por exemplo, são duas datas em que há alta procura do público consumidor. Afinal, boa parte dos lojistas trabalha com promoções bastante agressivas. No entanto, um levantamento mostrou que, em 2021, a lentidão e a instabilidade dos e-commerces nesses dois momentos resultaram num prejuízo de mais de R$ 36 milhões.
O estudo da Sofist (Intelligent Software Testing) identificou dados importantes, como:
– Dos 116 e-commerces que foram acompanhados entre 25 e 29/11/2021, 54 saíram do ar em algum momento;
– No total, isso representou um total de 9 horas e 25 minutos de indisponibilidade dessas lojas;
– Foram observados problemas como: páginas com erro, uso das chamadas “páginas de espera”, demora de mais de 45 segundos para carregamento do site a partir do acesso inicial.
Mesmo assim, o prejuízo total ainda foi menor do que em 2020, quanto ultrapassou a marca de R$ 48 milhões.
Todo esse panorama nos mostra que um dos elementos de preparação para os períodos de alta demanda precisa ser a arquitetura tecnológica do e-commerce. E é justamente aí que entra o freezing.
O que é o freezing na tecnologia dos e-commerces?
Como já mencionamos, o e-commerce é um tipo de negócio totalmente vinculado à tecnologia. Ela tem evoluído cada vez mais rápido, exigindo que as lojas que funcionam no ambiente virtual acompanhem esse desenvolvimento.
Por exemplo: quando os comércios eletrônicos começaram a surgir, não havia chatbots, realidade aumentada, pesquisa por comando de voz e uma série de outras ferramentas que estão disponíveis hoje em dia. E sempre que o site precisa ser atualizado para incluir um novo recurso, há o risco de que ele fique instável durante o período de implementação.
O termo freezing é usado para se referir a um período de “congelamento”. Ou seja, um intervalo de tempo em que as empresas evitem ao máximo qualquer alteração em sua infraestrutura de rede.
Normalmente, é recomendado o freezing em 30 dias. Ou seja: se a Black Friday, por exemplo, é um período de aumento da demanda, um mês antes da data essas mudanças na plataforma tecnológica do site já devem ser suspensas.
Isso é muito importante especialmente por duas razões:
– Quando um site recebe um volume de acessos muito superior ao normal, ele já corre o risco de apresentar instabilidade. Logo, em datas de alta demanda do e-commerce, muito mais clientes vão navegar na sua página. Se, além disso, ela ainda estiver passando por alterações, as chances de problemas técnicos de funcionamento são muito elevadas;
– Outra questão é a instabilidade causada pelas mudanças. Ou seja: mesmo que o seu site comporte bem o aumento dos acessos, apenas as alterações que estejam sendo realizadas nele já podem ser responsáveis pela sua queda.
A importância do freezing na tecnologia do e-commerce
Como você viu, o freezing é uma estratégia para evitar instabilidades no e-commerce ou em alguma solução que faça parte da sua operação em períodos de alta demanda.
O consumidor que compra online tem um perfil bastante específico. A maior parte prefere adquirir seus produtos pela internet justamente por ser uma alternativa mais rápida do que ir até a loja física. Isso significa que a agilidade e a eficiência são pré-requisitos para esse cliente.
Se ele tenta acessar o seu e-commerce para aproveitar uma promoção de Natal e a página está com problemas, o que você acha que vai acontecer? É mais provável que ele espere pacientemente o retorno ou que resolva o seu problema comprando no concorrente?
Uma simples demora no carregamento das páginas já pode ser motivo suficiente para o consumidor desistir da compra.
Agora imagine o seguinte: em uma campanha de Black Friday ou mesmo de Natal, você consegue atingir muitos novos clientes em potencial. Pessoas que nunca compraram na sua loja e que vão aproveitar essas ações para conhecê-las. Se justamente nesse momento elas não tiverem uma boa experiência de compra, você provavelmente perde a chance de convertê-las e fidelizá-las.
A navegabilidade e usabilidade estão entre os principais fatores que interferem em uma experiência de compra online.
O freezing, portanto, relacionado à sazonalidade do comércio, traz muitos pontos positivos para o seu negócio:
– Evita que novos clientes tenham uma primeira impressão ruim do seu e-commerce;
– Por consequência, evita que os consumidores façam avaliações públicas negativas sobre a navegabilidade do seu site;
– Evita que você perca oportunidades de venda justamente em períodos de maior apelo.
Fica a lição: programe as alterações na infraestrutura e implantação do seu e-commerce sempre para períodos de demanda mais baixa. Até porque, quando chegarem as datas com maior potencial de venda, seu site já estará atualizado, com todas as ferramentas possíveis para melhorar a experiência de compra.
Ah, e mais uma dica: quando for fazer alterações no site, mesmo em períodos de baixa demanda, avise o cliente. Deixe um pop-up comunicando que, em virtude das melhorias, a navegação pode ficar um pouco comprometida. Assim, quem acessá-lo pela primeira vez justamente nesse intervalo, vai entender e saber que a dificuldade de usabilidade não é um problema constante.
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