As automações nas operações logísticas estão em amplo crescimento. Isto vem ocorrendo principalmente pelo fortalecimento exponencial do e-commerce, que tem pressionado as organizações a oferecer cada vez mais agilidade no processamento das entregas (e daí nasceu o Sorter). Por outro lado, este compromisso de ser surpreendente o tempo inteiro vem gerando diferentes desafios para atender este mercado em constante transformação.
O consumidor da era 4.0 espera ser surpreendido a todo instante e, para suprir seus desejos de entrega rápida (de preferência no mesmo dia), com frete grátis e em perfeito estado, os varejistas precisam aprimorar os sistemas de gestão como WMS e OMS, que auxiliam na gestão dos pedidos, no controle do estoque e na execução das tarefas. Mas só isso não basta: é preciso processar fisicamente mais pedidos em menos tempo, atrelando a demanda crescente por sistemas de automação – como é o caso do sorter.
O que é Sorter?
O sorter é um sistema de classificação automática de pedidos, realizada conforme o local de destino. Depois de separados, os pedidos são encaminhados para esse sistema, que se encarrega de distribuir cada pacote em diferentes rampas na consolidação das expedições (cargas liberadas para as transportadoras).
Este tipo de tecnologia está impulsionando os Centros de Distribuição e reduz o tempo de permanência dos pedidos entre a venda realizada até as liberações para as próximas etapas do transporte, que pode ser no middlemile ou no lastmile.
Para que serve o Sorter?
Imagine que, embora as encomendas não cheguem juntas, elas deixam os CDs ao mesmo tempo. Com um sistema de apoio ao sorter, é possível decidir qual será a melhor saída, para onde vai e a consolidação dos pacotes. Um grande diferencial é integrar o sorter à inteligência de otimização de rotas presentes no TMS, que antecipará o beneficio de consolidação pelo perfil de carga para a próxima etapa de expedição, de modo a ser mais eficiente e reduzindo a necessidade de manuseio pelo time de carregamento nas docas. Além de proporcionar a previsão de carga por rota para as transportadoras de forma preventiva, dando visibilidade da onda que virá mesmo antes da expedição.
Os parâmetros de classificação dependem do tipo de empresa ou aplicação na cadeia de suprimentos. Agências postais e couriers geralmente fazem a classificação por rotas ou códigos postais. Mas independentemente do parâmetro utilizado, o objetivo de classificar os produtos de acordo com o seu destino é facilitar o trabalho de coleta pelos transportadores, de modo que a entrega seja realizada com agilidade e precisão.
Evoluções como essas se fazem necessárias no comércio online por conta do grande volume comercializado, sobretudo no caso dos grandes marketplaces. As vendas online no Brasil não param de bater recordes: no primeiro semestre de 2021, atingiram R$ 53,4 bilhões, crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a 44ª edição do Webshoppers, o mais amplo relatório sobre comércio eletrônico do país elaborado pela Ebit | Nielsen. O ticket médio cresceu 22%, atingindo R$ 534 reais -, e de 7% no número de pedidos, atingindo a marca de 100 milhões.
Ao vender produtos de pequenas lojas, os shoppings virtuais viabilizam o comércio de muitos outros lojistas, culminando em um aumento significativo no fluxo de mercadorias e pacotes em seus CDs. A quantidade de pessoas trabalhando neste fluxo passou a não ser suficiente para cumprir as metas estabelecidas em termos de velocidade e agilidade no setor logístico; logo, a tecnologia tornou-se imprescindível para viabilizar entregas mais competitivas.
Contar com automação é essencial para os grandes lojistas online, que têm o desafio de efetuarem entregas cada vez mais rápidas e assertivas em volumes crescentes. A expectativa é que essas soluções sejam adotadas com frequência cada vez maior, na medida em que o e-commerce avança junto com novos hábitos do consumidor. A cada ano, a evolução digital é mais surpreendente. Certamente, 2022 não será exceção.